As luzes se apagam, e aparece na tela uma imagem geral do centro de Los Angeles, e no topo eles colocam um texto com uma “declaração” em que se lê algo como “Nada foi deixado fora dos limites, Nenhuma conversa foi censurada, Nenhum assunto foi demais”, que foi, obviamente, uma declaração relativa. O que nós estávamos prestes a ver eram aproximadamente 30 minutos de um documentário de 62 minutos, em que os produtores selecionaram as melhores partes em ordem cronológica, para que nós pudéssemos conferir um pouco do que vocês verão no dia 30 de novembro.Sem mais enrolação, aqui estão os pontos principais:
— PROBLEMAS PESSOAIS
Entrevistador: Você sabe que sua vida é estranha?
Britney: “Se eu sei que a minha vida é estranha? É tudo o que eu sempre soube.”
Logo depois ela é perguntada se ela se sentia preparada para voltar aos palcos, o que foi seguido por um silêncio constrangedor, e Britney simplesmente olhando para o nada, sem dizer uma só palavra.
Uma das partes mais depressivas do documentário inteiro foi o tom oculto (e honesto) de que mesmo embora este tenha sido o grande retorno, e mesmo embora tudo esteja correndo como o planejado, ela ainda continua triste e presa em seu próprio castelo. Tem uma parte em que ela explode e as lágrimas começam a escorrer.
Ela diz algo como: “Eu percebi que é melhor não ter sentimentos, e nunca sentir nada, porque quando você está feliz, todos querem tirar isso de você, eles me escutam, mas eles não estão me ouvindo, é triste. Eu sou muito triste”, e depois disso ela começa a chorar.
— ADNAN GHALIB E SAM LUFTI
Embora os nomes deles não sejam mencionados, tem uma parte em que Britney começa a falar sobre seu passado instável e as conseqüências de ter deixado certas pessoas entrarem em sua vida. Ela diz: “Eu perdi totalmente meu rumo, perdi meu foco, eu me perdi. Tudo o que eu queria era me sentir livre”. Ela continua e diz: “Chegou a um ponto em que eu acabei deixando as pessoas erradas entrarem porque eu estava me sentindo sozinha” e ela continua dizendo que, devido a isso, ela terá que pagar pelas conseqüências pelo resto da vida.
— ROMANCEPela primeira vez, ela desabafa sobre o rompimento com Justin Timberlake, dizendo sobre como o relacionamento com ele foi a magnitude do que ela havia se tornado e sobre como — quando ele se foi — ela não sabia o que fazer. Ela prossegue dizendo que ela lidou melhor com fim do relacionamento com Justin do que com Kevin Federline.
“Eu me casei pelas razões erradas e isso me levou para um caminho estranho. Eu nunca cheguei a encarar isso e eu simplesmente fugi.”
Ela diz que as coisas começaram a piorar com Kevin Federline a partir do momento que ele começou a se concentrar na gravação do álbum dele. Ela disse que ela nunca chegava a vê-lo por conta disso e que quando isso aconteceu, as coisas ficaram esquisitas. Ela diz que chegou a pensar em se mudar para Miami.
— FAMÍLIA
Britney Spears perdeu a beleza de ser espontânea na vida, ela mesma diz. Ela menciona o modo como, quando ela era mais nova, a família simplesmente saía de férias para Biloxi e aquilo não exigia nenhum exército de seguranças ou planos estratégicos para que tal viagem desse certo. Ela diz que sente falta de poder fazer aquilo, ela não pode se mover, ela não pode ir a lugar nenhum, ela é uma prisioneira.
Se torna evidente que Britney Spears finalmente tem a figura paterna que estava tão determinada em ser ausente no passado. Esse é o mesmo homem que escolheu não ser parte da fama e da carreira dela, e continuar em Kentwood durante a busca dela pela fama. Atualmente, Jamie Spears praticamente assumiu o posto de empresário, e ele aparece fazendo para ela um café da manhã tradicionalmente sulista, que ele chama de queijo grelhado. Ele também aparece durante uma outra parte provando a comida diretamente da panela, que foi provavelmente uma das piores partes da exibição. As piadas dela com o sotaque dele, a postura e o comportamento certamente me fizeram rir.
Isso não impede Britney de fazer um comentário breve sobre a situação da conservadoria. Ela diz: “Se eu não estivesse sob as restrições de médicos e advogados, eu me sentiria livre, mas agora eu estou presa nesse lugar. Como eu posso superar isso?”
— OS FÃS
Seguindo a crítica que ela parou de receber em certo ponto, ela explica que nos primeiros dois anos, a fama que ela havia conseguido era inacreditável e empolgante, mas conforme o tempo foi passando, isso se tornou uma tortura para ela. Ela diz: “Depois de 6 anos, eu queria que tudo parasse”. Ela diz isso enquanto um fã bate na janela do carro, implorando por um autógrafo. Britney simplesmente olha para ele, quase que fixamente, como se estivesse congelada.De um modo geral, esse documentário irá mostrá-lo a abominável verdade de como é estar no lugar de Britney Spears. Não será algo simples como uma estratégia da gravadora do gênero “vamos fazer algo para fazer com que a imagem de Britney fique boa”. Isso chega a ser comparado com as palavras ditas certa vez por Hunter S. Thompson:
“O mundo da música é uma máquina de fazer dinheiro cruel e superficial, um longo corredor de plástico onde ladrões e cafetões correm livremente, e bons homens morrem como cachorros. Também existe um lado negativo.”
Para finalizar, como espectadores, somos deixados com simpatia, mas uma triste simpatia de que, não importa o que aconteça, Britney Spears nunca chegará a conseguir aquilo que ela mais quer. E o que isso representa, você terá de descobrir quando assistir a esse emocionante documentário.
Crédito: Hollywood Bubble
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